Algumas pessoas, eventualmente, procuram-me para pedir algumas dicas de como se montar um escritório de advocacia em sociedade. Confesso que não é tarefa fácil, tanto montar uma organização desse nipe, bem como dar conselhos sobre o tema. Mas, lanço-me ao desafio, o que farei com alguma simplicidade.
Em primeiro lugar, você deve escolher seus sócios, é óbvio. Logo em seguida, é importante delimitar atribuições para cada um, pois a dinâmica de uma sociedade é de tal ordem extensa e complexa, que as respectivas funções devem ser previamente estabelecidas, muito embora, não raro haja superposições das rotinas. Nesse passo, devem ser definidos alguns setores funcionais básicos, como o financeiro, o administrativo, o operacional e o comercial. Outros podem ser delegados a profissionais terceirizados, como informática - hardware e software- contabilidade, telecomunicações e marketing, que cuidará da imagem do escritório em diversos níveis (site, formulários, logomarca, folders etc.).
Definidas as funções de cada responsável, que, dependendo da envergadura dos trabalhos , podem ser sócios ou não, passa-se a montagem das instalações e da logística. Para tanto, deve se dimensionar o número de profissionais envolvidos em cada empreendimento, já projetando uma margem para crescimento progressivo.
Posteriormente, estrutura-se a rede de operações, fixando-se os núcleos espacial e operacional em que cada parceiro irá trabalhar. Não se prescinde de um planejamento orçamentário para os investimentos iniciais, elaborando um fluxo de caixa para os aportes financeiros efetivados ao longo do tempo. Quando há uma disponibildiade de capital inicial, torna-se menos tormentosa a planificação, mas, em nenhuma hipótese, pode-se dizer que se trata de atividade simples, pois nem sempre a capacidade de gerar recursos no tempo é capaz de absorver tanto os custos de operação, bem como amortizar os investimentos. Havendo a disfunção, ou opta-se pelo aumento de capital próprio dos sócios ou apela-se a empréstimos bancários.
Posteriormente, estrutura-se a rede de operações, fixando-se os núcleos espacial e operacional em que cada parceiro irá trabalhar. Não se prescinde de um planejamento orçamentário para os investimentos iniciais, elaborando um fluxo de caixa para os aportes financeiros efetivados ao longo do tempo. Quando há uma disponibildiade de capital inicial, torna-se menos tormentosa a planificação, mas, em nenhuma hipótese, pode-se dizer que se trata de atividade simples, pois nem sempre a capacidade de gerar recursos no tempo é capaz de absorver tanto os custos de operação, bem como amortizar os investimentos. Havendo a disfunção, ou opta-se pelo aumento de capital próprio dos sócios ou apela-se a empréstimos bancários.
Um ponto de sensível consideração é o recrutamento do corpo de profissionais a ser alocado em cada trabalho. Quando o foco é consultoria jurídica, é extremamente importante a capacidade de comunicaçào e redação dos envolvidos, pressupondo-se um profundo conhecimento e experiência naquele assunto a ser prestado.
Por outro lado, tratando-se de contencioso, em regra, deve-se setorizar o trabalho. Se a carteira de processos é substanciosa, com muitos processos sob o patrocinio da sociedade, deve haver um ou mais coordenadores ou de área ou por atribuição. Em outro patamar, devem atuar os chamados "prazistas" que cuidam das petições (iniciais, contestações, recursos, e outras peças). Tais profissionais devem, por evidente, ter habilidade comunicacional escrita, sabendo usar o vernáculo e a linguagem técnica. Devem ser, ainda, destacados os audiencistas, que representam o cliente nos atos instrutórios do processo. Esses profissionais devem ser preparados para atuar na "frente de batalha", portanto, deve se exigir deles boa aparência, educação, cultura, sensibilidade e, de preferência, capacidade de relacionamento social, cordialidade e simpatia, devendo saber tratar de forma adequada os seus pares e demais operadores do direito. Nesse aspecto, é de péssimo tom a grosseria e a falta de respeito para com colegas de profissão, usando-se de palavras e expressões agressivas, coloquiais demais ou de baixo calão.
Não menos importantes são os estagiários, principais auxiliares dos advogados, cujas funções são delimitadas por lei específica e pelo Estatuto da OAB e Código de Ética do Advogado.
Em paralelo, atuam alguns profissionais administrativos que conferem suporte ao trabalho da equipe, com enorme importância na logística de cada projeto.
Por derradeiro, deve-se imprimir uma atenção ao coração da sociedade, o profissional que faz a organização pulsar e se manter em atividade contínua: o chamado captador, o responsável pela prospecção e arregimentação do cliente. É uma atuação que exige preparo e a construção do net working, ou seja, rede de bons contatos. E, ainda, recomenda-se que o destacado profissional tenha carisma, responsabilidade, técnicas de boa venda da imagem e dos serviços prestados, bem como a sensibilidade de observar a vulnerabilidade do cliente e propor soluções apriorísticas.
Enfim. Poderia encher muitas linhas com informações mais detalhadas do dia a dia dos escritórios, mas cada organização tem uma estória peculiar e muitas encruzilhadas aparecem, os chamados imponderáveis, que estabelecem cada experiência como única. Mas, o que importa é traçar uma diretriz inicial, com parâmetros de planejamento, organização, coordenação, decisão e controle bem definidos para que se minizem os chamados desvios padrões.
Observados esses pontos, o escritório está pronto para atuar de forma adequada e proficiente no mercado da advocacia.
Não menos importantes são os estagiários, principais auxiliares dos advogados, cujas funções são delimitadas por lei específica e pelo Estatuto da OAB e Código de Ética do Advogado.
Em paralelo, atuam alguns profissionais administrativos que conferem suporte ao trabalho da equipe, com enorme importância na logística de cada projeto.
Por derradeiro, deve-se imprimir uma atenção ao coração da sociedade, o profissional que faz a organização pulsar e se manter em atividade contínua: o chamado captador, o responsável pela prospecção e arregimentação do cliente. É uma atuação que exige preparo e a construção do net working, ou seja, rede de bons contatos. E, ainda, recomenda-se que o destacado profissional tenha carisma, responsabilidade, técnicas de boa venda da imagem e dos serviços prestados, bem como a sensibilidade de observar a vulnerabilidade do cliente e propor soluções apriorísticas.
Enfim. Poderia encher muitas linhas com informações mais detalhadas do dia a dia dos escritórios, mas cada organização tem uma estória peculiar e muitas encruzilhadas aparecem, os chamados imponderáveis, que estabelecem cada experiência como única. Mas, o que importa é traçar uma diretriz inicial, com parâmetros de planejamento, organização, coordenação, decisão e controle bem definidos para que se minizem os chamados desvios padrões.
Observados esses pontos, o escritório está pronto para atuar de forma adequada e proficiente no mercado da advocacia.